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Sempre Convosco

​Jovem virgem é informada por anjo de que será mãe e, ao fim da conversa, vê-se grávida... assim diz o Evangelho de Lucas acerca da Anunciação, episódio revisto com ainda mais rigor em concílios católicos que decidiram obsessivamente sobre a virtude de Maria: 1) mãe de deus encarnado 2) virgem antes, durante e após o parto 3) concebida sem pecado 4) morre e sobe aos céus.  Modelo de virtude inalcançável? Até que ponto ainda tentamos ser Maria mesmo sem nos dar conta disso?

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As obras da série Sempre Convosco  resultam de um exercício imaginativo em torno à mitologia mariana, partindo do episódio da Anunciação e seus desdobramentos. Nos trabalhos, construídos principalmente através de autorretratos e iconogrofias, reflito sobre essa história tomando-a como ponto de partida para a definição cristã do que se espera de uma mulher.

 

O azul , que há milênios na História da Arte reafirma a pureza de Maria, aparece aqui como uma herança inescapável, derramada por entre gerações e gerações, marcando a relação entre os desígnios de Maria e a idealização do feminino.

 

Priscilla Pessoa

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